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terça-feira, 26 de junho de 2007

Ainda pior que a convicção do não...

É a incerteza do talvez,
É a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido, e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase amou, não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perderam por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no verão.
Pergunto-me, às vezes,o que me leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor,
Está estampada na distância e na frieza dos sorrisos,
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos 'bom-dia', quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima,
O amor enlouquece,
O desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são...
Autor: Luiz Fernando Veríssimo

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo texto...